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Ganhe tempo na Impermeabilização - Episódio 2: Teste de Estanqueidade de Lajes em poucas horas


José Antonio Souza apresenta o segundo episódio de sua newsletter
Ganhe tempo na Impermeabilização - Teste de Estanqueidade de Lajes em poucas horas

A impermeabilização garante a integridade das estruturas e evita danos causados pela infiltração de água. Como é uma camada intermediária entre a laje e o piso final, o “teste de estanqueidade” é a segurança de todos.

Ele não se resume em colocar água e ficar observando o comportamento dela.

Para ganhar tempo e melhorar o resultado precisamos entender a importância de outros procedimentos em paralelo. É aí que entra o teste elétrico de estanqueidade e a inspeção termográfica.

Minha história com os testes: o primeiro aparelho elétrico “busca poros” que usei foi importado da Suíça pela Sika Brasil em 1987/88 e repassado aos aplicadores que usavam mantas de PVC. Foi um divisor de águas no nosso trabalho pois o teste com lâmina de água em membranas flutuantes é complicado (se vazar se espalha por baixo). Algum tempo depois vieram os Holiday Detector para mantas asfálticas e membranas. Na sequência as câmeras termográficas se tornaram acessíveis. Sempre usei estes equipamentos.

Teste de estanqueidade é uma parte do conjunto de testes

Desde então confio mais no conjunto de testes do que na lâmina de água simplesmente. Explico os porquês:

  1. Muitas lajes não apresentam vazamentos antes da impermeabilização;

  2. Devido ao caimento mínimo exigido, a água chega com pouca espessura nos pontos mais altos;

  3. Se a laje já estiver com umidades e manchas antes do teste, isto confunde a inspeção visual;

  4. 72 horas de espera para comprovar a estanqueidade (ou não) é muito tempo.

Compartilho aqui minha experiência sobre o que fazer e o que “não” fazer nesse contexto. São procedimentos que executei com sucesso durante vários anos.


O que te proponho fazer:


1. Teste Elétrico: Antes do teste com lâmina de água faz um teste elétrico que já vai te mostrar se tem alguma falha ou não. Este gesto poderá economizar milhares de litros de água.

2. Inspeção Termográfica: Faz também uma varredura por baixo verificando se eventuais manchas estão secas ou que grau de umidade tem. Mede o grau de umidade com aparelho específico. Anotas estes dados para medi-los novamente depois.

3. Teste com lâmina de água (*traçador químico) por 72 hs: Só depois destes dois passos colocas a água. A chance de sucesso se multiplica várias vezes.

*traçador químico: aditivo luminescente colocado na lâmina de água para não confundir com a umidade que já tem na laje (da chuva ou do teste anterior).

4. Inspeção Termográfica: faz novamente antes das primeiras 24 horas do teste de água. Assim poderás identificar alguma falha antes que ela sature a laje e apareçam os pingos.

Acho muito importante te dizer que este conjunto de testes não só vai identificar as falhas de estanqueidade como também falhas mais sutis como espessuras menores que o indicado (no caso de membranas moldadas no local).

Estas sugestões que te dou seguem as normas nacionais, como a ABNT NBR 9575, que inclusive teve uma revisão importante recentemente.

Isso vai garantir que tua construção esteja em conformidade com os padrões de qualidade.


O que te sugiro NÃO fazer:


1. Ignorar Testes de Estanqueidade: Não negligencies os testes de estanqueidade, pensando que vais economizar tempo ou dinheiro. Ignorar esse passo fundamental pode resultar em vazamentos caros e danos à estrutura.

2. Confiar apenas na Inspeção Visual: Não te baseies apenas na inspeção visual para avaliar a impermeabilização. Problemas invisíveis a olho nu podem estar presentes e se agravarem com o tempo.

3. Confiar unicamente no teste com lâmina de água: Se ele for inconclusivo ou der falha “volte 5 casas” ou seja: gastarás mais cinco dias refazendo tudo. Explico os passos: tirar a água (desperdício); encontrar as falhas; fazer os reparos; colocar água novamente e rezar…que dê certo.

Quem já ouviu de um encarregado de obra: “esta laje é nova e nunca vazou, ficou com água por meses antes da regularização…” Será que um teste com água sobre esta laje já impermeabilizada por apenas 72 horas vai ser suficiente para aparecer lá em baixo?

4. Ignorar/Descuidar com as tubulações de descida:

Antes de iniciar a impermeabilização precisas ter certeza que as tubulações estão estanques.

Uma das maneiras é encher toda a tubulação com água (a vedação das extremidades funciona bem com as bexigas para tubos). Daí pressurizas o sistema com uma bomba hidráulica manual com manômetro, a partir do ponto de utilização. E observas o comportamento da pressão, se cair é porque tem alguma inconsistência nas conexões.

Nesta foto estão alguns destes equipamentos que são de uso comum aqui na ImperFIM e plataforma POZ.

Kit de instrumentos e ferramentas de nossa equipe
Kit Equipe POZ

Se tu gostou do conteúdo e queres trocar mais alguma ideia ou contrapor alguma colocação, comenta.

Para dicas sobre onde encontrar algum destes equipamentos ou entender melhor estes processos me chama no chat aqui do site.

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